quinta-feira, agosto 31, 2006

Quem sai aos seus...

Pai da Mia: ... só de pensar que a Tia Adelina ía fazer 100 anos em Dezembro! Com quase 100 anos estava perfeitamente bem da cabeça! No funeral, a filha disse-me que ía fazer uma festa com a família toda.
Mia: Pois, 100 anos é de comemorar..
Pai da Mia: Olha, ao menos teve uma morte santa. Morreu como um passarinho...
Mia: Porquê, levou um tiro?
Pai da Mia: Não, estava a dormir e quando acordou, estava morta.
Mia: Ah...

quarta-feira, agosto 30, 2006

Porque me faz todo o sentido

http://www.youtube.com/watch?v=ol2fN0bZCso

quinta-feira, agosto 24, 2006

Na Avenida da Liberdade

Bófia: Então o pisca, não se faz?
Mia: Como?
Bófia: Não se faz pisca quando se muda de faixa?
Mia: Mas eu não mudei de faixa...
Bófia:Não mudou de faixa?
Mia: Não! Ali atrás é que entra uma faixa do BUS e aquela em que eu ía segue para a esquerda!
Bófia: Ai não passou para a faixa do meio??
Mia: Estou-lhe a dizer que não! Continuei na minha, que a certa altura segue para a esquerda! Não preciso de fazer pisca!
Bófia: Ai não precisa...! Então diga-me lá de quando é o selo do carro, por favor.
Mia: O selo?
Bófia: Sim, o selo. De quando é?
Mia:...hmmm.....pois...o selo, não é?...
Bófia: Bem me parecia! E então? Tinha ou não tinha que fazer pisca?
Mia:...tinha....
Bófia: Então veja lá se tem mais cuidado. Pode seguir.
Estive mesmo para lhe berrar em falsete, para toda a avenida ouvir, que eu podia ter chumbado no primeiro exame de condução sim senhor, mas que no exame de código passei à primeira, ó xulo da merda.
Mas tenho alguma dificuldade em resistir a um quarentão fardado, de mota e todo giro... glup!

quarta-feira, agosto 23, 2006

Nota mental
Preocupada = Pré-ocupada.
Cabeça ocupada com uma coisa que ainda não aconteceu.
Uma coisa que ainda não aconteceu tem 50% de hipóteses de acontecer e 50% de hipóteses de não acontecer.
Logo, toca a des-preocupar, sim?

quinta-feira, agosto 17, 2006

A espera
Consegues ouvir alguma coisa? Percebes as palavras do médico e dos assistentes? Consegues dintinguir as ordens do cirurgião das piadas, ou só ouves sons longínquos e distorcidos? Ou não ouves nada? É tudo um silêncio denso, como se a vida ficasse suspensa por umas horas, e tu a pairar dentro de uma bolha de vazio? Parecem-te minutos, um segundo, um instante? Ou parece-te uma vida inteira? Sentes medo, rezas, pensas em nós? Ou sentes uma paz infinita, um sono sem sonhos e sobresaltos?
A mim estas horas parecem-me infinitas. Nunca tive muito jeito para esperar. O que tiver que ser, que o seja já e agora. Definitivamente. Para sempre. Imutável. Mas que começe agora. Não suporto este tempo intermédio em que não sei como me vou sentir daqui a umas horas. E pior que esperar, é esperar longe. Porque é uma espécie de espera dupla, como quem assiste a um jogo de futebol pela televisão e ouve o relato pela rádio. Os ouvidos já sabem o resultado que os olhos ainda não viram.
O que esperar quando só me resta esperar?
Adenda do dia seguinte:
São difíceis estes momentos em que a vida fica suspensa. Mas também estou convencida que servem para redefinir prioridades e prespectivar afectos, actitudes, opiniões. E principalmente para nos fazer lembrar do quando as pessoas que temos como certas nos podem fazer falta um dia. Que felizmente não é o de hoje!
Esperei. E correu tudo bem! :)

segunda-feira, agosto 14, 2006

Adultos
Quando tinha 13 anos, para além de me achar o máximo, pensava que as pessoas com mais de 20 anos já eram adultas. Adultas à séria, daquelas que casam e têm filhos e trabalho, gravatas, contas no banco e carro.
Quando entrei para a faculdade tinha 18 anos e era completamente imberbe. Agora que trabalho há dois anos, também não me consigo levar realmente a sério, continuo com a sensação que estou a brincar às executivas. De qualquer forma, aqui no escritório toda a gente brinca aos Chefes, Macaquinho do Chinês, às Escondidas e à Apanhada, por isso é perfeitamente normal que as reuniões, principalmente as internas, me dêm vontade de rir.
Quando olho para mim com 25 anos de idade e me vejo a acampar ilegalmente na praia, a fazer xixi nas dunas, a tomar banho atrás de um jipe em plena praça de Vila do Bisbo e numa bomba de gasolina em Aljezur, a inventar personalidades e a tentar figurar em todas as fotografias de gente desconhecida no Sudoeste, percebo que afinal ainda me falta muito para chegar à fase adulta.
E o pior é que em vez de me tentar juntar com gente normal, no auge da sua responsabilidade e seriedade, não! Os meus amigos são tão insanos quanto eu. O que só potencia a minha senilidade tornando-a perigosamente normal.
O giro desta questão é que às vezes - raramente, mas acontece - até nos questionamos sobre o rumo das nossas vidas, sobre quando seremos nós pessoas sérias e adultas. Se nos vamos casar algum dia, ter alguma estabilidade financeira e principalmente emocional, passar férias em Quarteira com os filhos, ou comprar um carro que no mínimo tenha ar condicionado.
Quanto a conclusões práticas desta análise? Uma valente gargalhada e mais uma garrafa de Moscatel!

quarta-feira, agosto 09, 2006

De volta...

... ao trabalho, à gatas, às obras de Alcântara, ao namorado, ao ginásio (?!?), ao Sexo e a Cidade, ao trânsito, ao pequeno-almoço de cereais, ao computador, à minha cama, aos indianos do 2º andar, ao cinema, aos cafés de fim de tarde, ao fogão, aos sapatos, à maquilhagem, ao telejornal, à praia aos fins-de-semana, ao pulpfashion!
Estou de volta!