Os homens fascinam-me. Não no sentido rebarbado da questão. Ok, um bocadinho, mas não é disso que estou a falar. Quero dizer enquanto seres fortes, com mãos grandes ásperas e cabeludas que dão festinhas, com bocas que picam mas dão beijinhos, com vozes grossas que acalmam e com sobrancelhas desalinhadas que emolduram olhos meigos.
Os homens da minha vida são assim, uma espécie de ogres com doçura.
Dizem que as meninas, quando são pequenas, têm uma paixão assolapada pelo pai e comigo foi assim. Um dia, o meu pai levou-me à escola e eu, de mão dada com ele, disse alto e em bom som para a sala toda "este pai é meu".
E quando a minha mãe me ralhava, eu respondia toda cheia de mim "eu só gosto do meu pai". E enfatizava o "meu", enquanto levantava o sobrolho, para não haver confusões.
Depois passei por aquela fase da queda do mito, em que descobri que o meu pai não era perfeito, também se enganava e não sabia tudo. O que foi um bocado complicado, tendo em conta que eu contava lá na escola que o meu pai lutava judo e karaté especial dos ninjas, tinha um armário com armas ainda mais grandes que as da polícia, era amigo do Mário Soares e tinha um carro que andava a mil à hora, feito com bocados de foguetão com um turbo que deitava fogo pelo escape.
A minha adolescência foi um período de grande afinidade entre nós. Deixou de ser só o "pai" e passou a ter outra dimensão para mim: de pessoa. Descobri que tinha estórias incríveis para contar, aventuras e desventuras, opiniões, coisas que me irritavam, sentido de humor. Percebi que a maior parte dos meus traços de personalidade eram fotocópia dos dele. Basicamente eu sou o meu pai com mais cabelo, menos barriga e de saias!
Desculpa as minhas falhas, porque são as mesmas que as dele. Entende as minhas desilusões porque é um sonhador irrealista, como eu. Mete-se com toda a gente, é atrevido, provocador, não resiste a uma piada bardajona, e se for em público melhor ainda. É das poucas pessoas que me consegue embaraçar!
Este pai que eu adoro e que morro de medo de perder, nem imagina o quanto a sua alegria de viver me contagia.
Por isso e porque sou uma menina do papá, o Dia do Pai, para mim, é todos os dias!
Os homens da minha vida são assim, uma espécie de ogres com doçura.
Dizem que as meninas, quando são pequenas, têm uma paixão assolapada pelo pai e comigo foi assim. Um dia, o meu pai levou-me à escola e eu, de mão dada com ele, disse alto e em bom som para a sala toda "este pai é meu".
E quando a minha mãe me ralhava, eu respondia toda cheia de mim "eu só gosto do meu pai". E enfatizava o "meu", enquanto levantava o sobrolho, para não haver confusões.
Depois passei por aquela fase da queda do mito, em que descobri que o meu pai não era perfeito, também se enganava e não sabia tudo. O que foi um bocado complicado, tendo em conta que eu contava lá na escola que o meu pai lutava judo e karaté especial dos ninjas, tinha um armário com armas ainda mais grandes que as da polícia, era amigo do Mário Soares e tinha um carro que andava a mil à hora, feito com bocados de foguetão com um turbo que deitava fogo pelo escape.
A minha adolescência foi um período de grande afinidade entre nós. Deixou de ser só o "pai" e passou a ter outra dimensão para mim: de pessoa. Descobri que tinha estórias incríveis para contar, aventuras e desventuras, opiniões, coisas que me irritavam, sentido de humor. Percebi que a maior parte dos meus traços de personalidade eram fotocópia dos dele. Basicamente eu sou o meu pai com mais cabelo, menos barriga e de saias!
Desculpa as minhas falhas, porque são as mesmas que as dele. Entende as minhas desilusões porque é um sonhador irrealista, como eu. Mete-se com toda a gente, é atrevido, provocador, não resiste a uma piada bardajona, e se for em público melhor ainda. É das poucas pessoas que me consegue embaraçar!
Este pai que eu adoro e que morro de medo de perder, nem imagina o quanto a sua alegria de viver me contagia.
Por isso e porque sou uma menina do papá, o Dia do Pai, para mim, é todos os dias!
4 comentários:
Tu, às vezes, mas só às vezes (ok?eheh), escangalhas quem te lê.
De rir e de aperto na garganta.
Sabes o que era bonito?
Quem sabe uma das melhores prendas de dia do pai que alguém poderia receber?
O TEU Pai ter a oportunidade de ler isto.
Esta declaração de amor e admiração incondicionais.
E tá visto que és uma menina do papá :-P
A.,
És uma criatura muito fofa, pá! :)
Micose,
Se o meu pai descobrisse o pulpfashion eu metia-me num buraco e fechava-me lá dentro a fingir de morta!
Fosse eu a escrever este texto....e seria igual...temos uns pais à séria...somos umas sortudas!
Bjs
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