quinta-feira, setembro 13, 2007

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Por ela, e confesso que também por mim, menti-lhe. Já não conseguia ouvir a preocupação e às vezes a raiva. Se ela soubesse que coisas infinitas me preocupam mais que isso... Tinha que nos tirar pelo menos esse peso de cima. Disse-lhe que tinha conseguido o emprego e que ía começar a trabalhar na primeira semana de Outubro. Menti-lhe. Ela ficou feliz. Ironia do destino, desliguei o telefone e vim ver os e-mails. Lá estava ele, o tal que me agradecia profundamente, mas que se apressava em dizer-me - caso eu tivesse ainda alguma dúvida - que os seleccionados para segunda fase da candidatura tinham recebido um telefonema. Eu não recebi telefonema nenhum. É assim, as boas notícias dão-se pelo telefone, as más por e-mail. Por isso é que lhe telefonei. Porque era uma boa notícia. Acredito que quando ela morrer me enviem um e-mail.

4 comentários:

Ana disse...

Há mentiras que, por vezes, fazem melhor que certas verdades..

Deeper disse...

Primeira visita ao Pulpfashion, por uma recomendação de uma amiga, nossa colega da faculdade. Gostei muito! Humor, sensibilidade e inteligência em estado puro. Prometo assiduidade a partir de agora! Beijinhos, e encontramo-nos algures num bairro alto desta lisboa a que estou sempre a regressar...

Anónimo disse...

É verdade, certas mentiras às vezes são melhores do que a verdade. Mas há que cuidar, porque hora ou outra vem à tona. E aí pode ser muito pior.

Amaryllis disse...

Não sabendo forma mais directa de te contactar. Deixo-te aqui um grande beijinho neste momento.